Por ABES DF | 03 de junho de 2024
Fuad, Alessandra e Mario Guerino com o vencedor, Manoel Neto
Os alunos de ensino médio finalistas da etapa Brasil do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo deram uma bela lição de civilidade e companheirismo, demonstrando que antes da disputa vem a solidariedade. Eles se abraçavam e aplaudiam um ao outro em todos os momentos da premiação: quando foram exibidos os vídeos de cada projeto, quando cada aluno falou sobre seu trabalho e, finalmente, quando foi anunciado o vencedor, o Manoel Neto, do Piauí, que desenvolveu um pequeno barco autônomo para navegar em rios e lagos para detectar contaminação da água.
Os finalistas aguardando o anúncio do vencedor
Nem parecia que estavam disputando o prêmio que tem reputação de ser o Nobel da ciência Jovem, que escolhia naquele momento o melhor projeto brasileiro para disputar, em Estocolmo, com estudantes cientistas de dezenas de países, o melhor projeto para preservar, tratar ou cuidar da água, prioridade absoluta em todo o planeta.
Apresentação dos cinco projetos finalistas
Ainda mais emblemático foi o conteúdo das falas de todos os candidatos, enfatizando que o principal estímulo para desenvolverem seus projetos foi contribuir para um mundo melhor. Eles sabem que a ciência tem potencial para mover o mundo e ver jovens e promissores cientistas dá esperança de que acontecerá essa mudança. E todos os finalistas saíram vitoriosos porque a Codevasf, uma das patrocinadoras do Prêmio, anunciou que irá acompanhar os cinco projetos para serem utilizados em larga escala.
Manoel Neto, o vencedor, com o pai e o professor
Manoel Neto, o vencedor, desenvolveu seu projeto depois de ver a situação de contaminação da água utilizada por populações ribeirinhas, em especial os Ianomami. “O século XXI tem todo tipo de máquinas e equipamentos para garantir a vida das pessoas e ainda temos tantas mortes”, questionou. Ele demonstrou que é preciso agir e deu sua contribuição desenvolvendo um equipamento prático e autônomo para monitoramento da qualidade da água, essencial para essas populações.
Grande festa
Alunos, professores, pais e voluntários: um prêmio feito a muitas mãos
O evento foi uma grande celebração do papel da ciência e dos jovens na busca da sustentabilidade. Foram homenageados os professores, pais e os voluntários que fazem o prêmio acontecer. Estavam todos orgulhosos e emocionados. Para a secretária executiva da ABES Nacional, Alessandra Peres, o Prêmio Jovem da Água é a coisa mais preciosa da ABES “porque não existe nada que se se sustente sem as cabecinhas dos jovens”. Para Fuad Moura, presidente da ABES/DF, “o Prêmio nos orgulha pelos resultados que vemos aqui”. Ele considera o Prêmio uma grande motivação para sediarmos o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (CBESA), que será realizado em Brasília em 2025: “será um prazer receber todos vocês, seja como associados, como painelistas, participando do crescimento da associação e de políticas públicas que farão a diferença para um mundo melhor”.
o/premio-jovem-da-agua-de-estocolmo-2024-etapa-brasileira/2486583
Comemoração final