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Em meio ao lixo das chuvas no Rio Grande do Sul, catadores não conseguem trabalhar

Por Bruno Felin, Lara Ely | 21 de maio de 2024 | Agência Pública



Quando a água da enchente no RS baixar, o que restará além do sofrimento humano serão cerca de 47 milhões de toneladas de entulhos. No meio desse cenário, os catadores foram extremamente afetados e não conseguem trabalhar.


O número é semelhante ao de locais que passam por guerras, terremotos ou tsunamis. O cálculo, obtido pela Agência Pública, foi desenvolvido por Guilherme Iablonovski, cientista de dados espaciais na Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e Martin Bjerregaard, consultor em resíduos pós-catástrofe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.


Ao mesmo tempo, um ponto contraditório dessa história é que justamente as pessoas mais essenciais para o trabalho de limpeza das cidades - os catadores - foram duramente afetadas pelas enchentes. Moradores de regiões periféricas, áreas irregulares ou até mesmo ocupações, eles são dependentes de políticas sociais e por vezes encontram na reciclagem a única forma de subsistência.


Em Canoas, na região Metropolitana, quatro cooperativas foram diretamente afetadas. Indiretamente, grande parte dos cooperados e seus familiares estão em abrigos ou com isolados em suas casas.”Essa enchente deixou quem já estava ruim ainda pior, por conta da falta de reconhecimento, investimento, preços baixos dos recicláveis. As pessoas estão sem casa, sem trabalho, sem nada”, diz Michele Ferreira dos Santos, catadora e Coordenadora da cooperativa Renascer. Acesse a matéria completa no site: https://apublica.org/2024/05/em-meio-ao-lixo-das-chuvas-no-rio-grande-do-sul-catadores-nao-conseguem-trabalhar/#_


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