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Catadores cobram reconhecimento por mitigar efeitos das mudanças climáticas

Por A Pública| 21 de dezembro de 2023 Por Bianca Feifel


Foto: Reprodução/A Pública

Depois de entregarem na posse a faixa presidencial a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por meio das mãos da catadora Aline Sousa, catadores de todo o país voltaram a se reunir em Brasília na 10ª Expocatadores. O evento discute as condições de trabalho da categoria, que sofre com a informalidade e com as mudanças climáticas. A campanha: “A conta tem que fechar, já!” dá o tom da principal reivindicação apresentada pelo grupo: o reconhecimento e a valorização dos serviços de coleta e reciclagem prestados aos municípios brasileiros. 


“Todas as prefeituras precisam reconhecer o nosso trabalho e nos pagar por quilo daquilo que a gente tira do meio ambiente”, defendeu, em entrevista à Agência Pública, o presidente da cooperativa Ação Reciclar, Antônio Almeida, mais conhecido como Toninho Catador. Segundo ele, a economia gerada para o município por cada quilo de material recuperado pelos catadores pode chegar a R$ 1, tendo em vista o gasto feito com o transporte e aterramento do lixo, além do valor da recuperação ambiental de gás carbônico. 


Nanci Darcolete, catadora que atua há mais de 30 anos em São Paulo e integra o grupo de incidência política do Pimp My Carroça, ressalta a importância da categoria para a “mitigação dos efeitos das mudanças climáticas”. “Quando a gente recicla e manda o material para a indústria, a gente faz um processo de economia circular e deixa de extrair matéria-prima. Então a reciclagem que a gente faz em São Paulo, por exemplo, pode ajudar a diminuir o desmatamento na Amazônia”, disse à Pública.




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