Maria Elisa Leite Costa
Discutir a transversalidade entre os setores do saneamento
A engenheira civil Maria Elisa, com mestrado em drenagem urbana, atua na Agência Nacional de Águas e Saneamento básico (Ana) há quase dois anos. Filiada há poucos meses à ABES, Maria Elisa sugere ampliar a discussão sobre a transversalidade entre as diversas áreas do saneamento para todas evoluírem juntas. Conheça mais um pouquinho da nova associada.
Por que você se filiou à ABES? Qual sua expectativa?
Sou da área de drenagem urbana, que faz parte do saneamento. Temos muita interface com água e esgoto e resíduos sólidos e queria me aproximar dos demais temas para trabalhar melhor a drenagem urbana.
Qual é sua atividade atual e principal envolvimento no setor de engenharia sanitária?
Sou engenheira civil, originalmente sou dos Correios mas estou cedida há quase um ano e meio para a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, na coordenação de drenagem urbana. Minha principal atividade é em drenagem urbana, na elaboração de normas e referências para o saneamento básico. A agenda regulatória da drenagem urbana está prevista para sair no segundo semestre do ano que vem.
Fale um pouquinho sobre você:
Sou de Maceió, me formei em 2010 em engenharia civil na Universidade Federal de Alagoas, depois vim direto para fazer o mestrado em drenagem urbana aqui em Brasília, na UNB. E estou fazendo meu doutorado desde 2017, para defender nos próximos meses.
Sou uma pessoa realmente apaixonada com a drenagem urbana, gosto da pesquisa, da área de drenagem urbana sustentável, entendo que temos que tratar o ciclo da água diferente dentro das cidades, não sou daquele tipo de pessoa que acha que não podemos urbanizar ou impermeabilizar, a gente precisa sempre integrar a natureza à necessidade humana, não colocando a necessidade humana à frente. Sou muito a favor do amortecimento das águas, do uso de técnicas compensatórias, trazer o meio ambiente, a água, os rios urbanos para o dia a dia das pessoas.
Qual livro você está lendo ou leu recentemente?
Estou lendo o livro Por quem os sinos dobram, de Ernest Hemingway. É um livro muito bom de ler, é sobre amizade, que mostra como os valores unem as pessoas. É bem legal.
O que você sugere a ABES fazer para atrair o interesse de mais associados?
Acho a ABES muito boa de comunicação, me sinto parte da ABES, apesar de não estar tão atuante ainda, pretendo atuar mais quando finalizar o doutorado.
Acho que falta à ABES entrar mais nas universidades, seja com palestras, participação em aulas, pesquisas, algo desse tipo. Porque falta um pouquinho de reconhecimento da ABES dentro da engenharia ambiental, da civil também.
Qual tema você gostaria de ver discutido pela ABES/DF?
Acho que seria muito interessante discutir mais a transversalidade entre os setores. Água e esgoto, resíduos sólidos e a drenagem urbana são bem integrados, mas a gente tende a tratar cada um isoladamente. Temos que tratar juntos, evoluir juntos.